O Comando Provincial de Luanda (CPL) da Polícia Nacional, acolheu na Sexta-feira, 11 de Agosto, uma palestra subordinada ao tema "suicídio e saúde mental", dirigida aos efectivos das diferentes especialidades daquele comando.
A palestra visou alertar e sensibilizar os efectivos sobre este mal, bem como, identificar e prevenir comportamentos que podem levar ao suicídio.
Presidiu o certame, o Chefe do Departamento de Formação, Intendente, Filomeno Camenha, em representação do Delegado e Comandante Provincial da Polícia Nacional em Luanda, Comissário-Chefe, Francisco Monteiro Ribas da Silva, que após desejar boas-vindas aos palestrantes, referiu que o tema constitui uma grande preocupação da direcção do CPL, tendo em conta um dos fenómenos que, nos últimos anos, tem assolado os efectivos a julgar pelos números de casos registados. "É necessário que todos estejamos atentos aos sinais comportamentais para identificar e prevenir tendências suicidas, quer sejam no seio dos colegas ou na família", apontou o Oficial.
Por sua vez, Danilson Domingos Cani, na qualidade de prelector, ao dirigir-se aos presentes, começou por definir a saúde mental como sendo o nível de qualidade de vida cognitiva, emocional ou a ausência de doença mental.
O também especialista em Psicologia Criminal, apontou alguns factores que podem comprometer a saúde mental do efectivo, tais como, o ambiente de trabalho conflituoso, o excesso de trabalho, a carga horária elevada, a falta de apoio da parte dos chefes e colegas, bem como a perda de algum familiar.
O palestrante alertou ainda aos efectivos sobre a necessidade de cuidar da saúde mental da mesma forma que se cuida da saúde física, uma vez que elas estão interligadas. “Ou seja, uma depende da outra. Afinal, mente sã em corpo são" disse, enfatizando o velho adágio.
Por último explicou que, alguns transtornos comuns que afectam efectivos policiais podem ser decorrentes da actividade que exercem, tendo apontado os mais frequentes como: a depressão, o stress e a ansiedade que podem levar os agentes ao suicídio,
caso não sejam controlados.
Por seu turno, o Psicólogo Clínico, António Cassange, atestou que o suicídio pode afectar pessoas de todas as idades e em qualquer momento do ciclo da vida, tendo alertado que a maior parte das pessoas que se suicidaram sofriam de problemas de saúde psicológica, e que as pessoas com comportamentos suicidas transmitem sinais. "Por este facto, devemos estar todos atentos a estes sinais por formas a evitarmos que uma pessoa próxima a nós, cometa suicídio", sublinhou.
Contrariamente ao que as pessoas pensam, o palestrante assegurou que existe prevenção para o comportamento suicida e deve ser multifactorial, tendo na ocasião apresentado três pontos essenciais tais como: "a promoção da saúde psicológica, o bem-estar e resiliência em todos os contextos da vida do indivíduo". "É importante a acessibilidade aos cuidados de saúde psicológica. Aliás, na Polícia Nacional, este serviço pode ser fornecido com acompanhamento humanizado e personalizado às pessoas em situação de vulnerabilidade, porque existem áreas especializadas e com profissionais à altura para atender alguém que precise de ajuda", concluiu.
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