SUBINSPECTOR LEONOR DA SILVA - A PRIMEIRA MULHER PORTA-ESTANDARTE NA HISTÓRIA DA PNA

30/04/2023 || 12:43:33


“ABRIL JOVEM”

Leonor Denise da Silva é a jovem de 34 anos de idade, que escreve seu nome no “livro histórico da Polícia Nacional de Angola (PNA)”, como sendo a primeira mulher porta-estandarte da Corporação, ao longo dos 47 anos de existência da PNA. A oficial tem a responsabilidade de carregar a bandeira nacional em cerimónia, ou desfile, um dos símbolos mais representativos em eventos militares.

Efectivo da Polícia Nacional de Angola, colocada na Unidade de Segurança Pessoal e de Entidades Protocolares (PSPEP), Leonor Denise da Silva quebrou a “mística masculina”, que reinava nas hostes castrenses policiais. “Foi por via de um concurso pela qual fui apurada”, revelou a oficial, sem rodeios, quando questionada sobre o feito.

 “Todos os anos, há um concurso nacional para a escolha de candidatos à porta-estandarte e eu fui selecionada pela PSPEP. Posteriormente, fomos submetidos a uma formação de Ordem Unida no ISCPC para o desempenho das funções e lá fui novamente a finalista seleccionada e no dia 28 de Fevereiro do ano corrente fui empossada como a porta-estandarte da Polícia Nacional para o mandato de 2023, pelo que, agradeço todo apoio que me foi prestado pelo Comissário - José Martinez, Comandante da PSPEP", contou a Subinspector de um porte físico e altura (1.74 cm) ideal para o efeito, de acordo os requisitos para porta-estandarte.

“O porta-estandarte geralmente é oficial Subalterno e nunca agente, nem subchefe, apenas oficiais subalternos, Subinspector, ou Inspector e tem de ter uma altura no mínimo de 1.70 e eu meço 1.74 cm”, detalhou a jovem polícia que ingressou para as fileiras Corporação, por via de um concurso público realizado no ano de 2014, após frequentar o 16⁰ curso Básico de Polícia e, posteriormente, colocada na Polícia de Segurança Pessoal e Entidades Protocolares PSPEP.

Licenciada em Ciênciais Policiais e Criminal pelo Instituto Superior "Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem" (ISCPC), a Subinspector é também chefe de Pelotão da Primeira Companhia de Guarda Honorífica da Unidade de Guarda de Honra da Polícia de Segurança Pessoal e Entidades Protocolares, onde, com a mesma veemência, marcha em passo de revista, uma característica do porta-estandarte, que está sempre ladeado por dois Subchefes e um Agente atrás.

“É com muito muita honra e responsabilidade que desempenho esta missão do porta-estandarte, que é o de carregar a bandeira em cerimónias militares, um dos símbolos mais representativos em eventos militares e, para mim, representa um dos maiores feitos desta minha, ainda, miúda trajectória policial”, disse,visivelmente satisfeita, a Subinspector Leonor da Silva, que diz contar com apoio incondicional da família para o êxito da missão”.

“Tenho total apoio da minha família, sobretudo da minha mãe, nem sempre posso estar com ela em certas actividades familiares por conta das responsabilidades profissionais, mas, os meus familiares têm sabido compreender que ser Polícia é uma missão", acentuou a porta-estandarte

Por fim, abordada sobre a valorização do género na Corporação, a interlocutora disse estar satisfeita com o trabalho da superestrutura da PNA, em relação a promoção do efectivo feminino. "Hoje, já conseguimos ver muitas mulheres a exercerem cargos de chefia, embora o quadro ainda não satisfaz, mas, estamos a conquistar o nosso espaço. É importante não nos desanimarmos, porém estarmos preparadas para os desafios. Hoje, sou a porta-estandarte, tarefa que durante anos apenas os homens a desempenhavam, então tudo é possível com determinação", encorajou a oficial subalterno.