De rosto meigo e dócil, a Subinspector, Nkongolo Kula Mbala, é a jovem, que há cerca de dois anos, comanda os 300 efectivos da Esquadra da Belavista, adstrita ao Comando Municipal de Mbanza Congo, cidade da Província do Zaire, que, desde 2017, foi elevada à Património Cultural da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas Para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A Subinspector, Nkongolo Kula Mbala é efectivo da Polícia Nacional de Angola (PNA) desde 2002, na altura com 19 anos de idade e ingressou na Corporação a partir da Escola de Polícia do Zaire. "Cheguei a Comandante de Esquadra por mérito", atira a Comandante que impõe a ordem e a tranquilidade na antiga capital do reino do Congo.
Na PNA, a Oficial Subalterno já exerceu várias funções, nomeadamente: Chefe de Secção de Recursos Humanos, na Direção de Inspecção de 2003/2007, Oficial de técnica operativa das operações da UPIP/Zaire, em 2007/2009, Oficial de registo da Direcção do Cofre de Previdência do Pessoal da Polícia 2009/2013, Chefe de Secção de Educação Viária do Departamento de Prevenção Rodoviária/ Viação e Trânsito em 2013/2022, Oficial Especialista do Departamento dos veículos da Direcção de Trânsito, em 2022, Comandante da Esquadra Sagrada Esperança do Comando Municipal de Mbanza Congo e, actualmente, é Comandante da Esquadra da Belavista em Mbanza Congo e Coordenadora Adjunta da REMPA/Zaire.
“Nunca fui descriminada por ser mulher a dirigir. Sou uma mulher com muita bravura, determinação, empatia, dedicação e zelo nas missões emanadas superiormente”, respondeu a Comandante quando questionada pelo repórter da Tranquilidade se alguma vez se sentiu discriminada por ser uma mulher a dirigir homens.
De acordo ainda a sua folha de trabalho, extrapolicial, Nkongolo Kula Mbala, carrega consigo a experiência de deputada infantil, exercido no 1° Parlamento Nacional, realizado em Luanda de 14 a 16 de Junho de 2000, por via do Instituto Nacional da Criança (INAC), instituição que representou no parlamento durante dois anos, seguindo-se uma outra experiência militar no Departamento de Recrutamento Militar do Zaire, vulgo (DRM/ZAIRE).
Mãe de quatro filhos e natural do Zaire, Tina, como também é conhecida, confessa que não tem tido problemas em conciliar o trabalho policial com os deveres de casa: “Primeiro, como mãe, faço os deveres de casa, aspecto geral. Em seguida, cumpro as obrigações policiais, isto é, como Comandante faço um diagnóstico aos efectivos para aferir o estado psicológico, desde cumprimentar, saber como passou a noite e daí começo com as actividades programadas para o dia”, aclarou a técnica superior em Ciência de Educação, na especialidade de Psicologia.
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