O Director Nacional de Doutrina e Ensino Policial da Polícia Nacional de Angola, (DEP/PNA), Comissário - Morais Quifica, afirmou, recentemente, em Luanda, que os actuais desafios da Corporação, no domínio da formação e ensino estão relacionados a duas linhas de entendimento, que se estabelece entre a Formação e a Doutrina para que haja uma formação exequível.
O Comissário, que falava em entrevista à Revista Tranquilidade da PNA, edição 29, referente ao mês de Fevereiro de 2022, defendeu a sua tese de forma confiante, afirmando que "não há formação exequível se não houver uma doutrina sistematizada".
"O envolvimento da doutrina, a sistematização da doutrina, parte necessariamente de um trabalho de pesquisa, investigação, análise, diagnóstico das situações operativas que nós enfrentamos e são estas as situações operativas que, obviamente, devem ser as lacunas, encontradas, as valências encontradas a que nós chamamos lições aprendidas, que devem ser sistematizadas e transformadas em instrutivos, em normas para constituir a doutrina", explicou Morais Quifica.
O responsável pela Doutrina e Ensino na PNA, que se encontra há cerca de um mês no cargo, avançou as suas argumentações, aclarando que, "o desafio do primeiro turno" do órgão foi sistematizar a doutrina do ensino policial: reformular currículos, reformar programas, estabelecer os níveis de planeamento do ensino para cada instituição envolvente no processo de ensino".
"Os desafios que temos é o de produzir a doutrina. Produzida a doutrina, o passo seguinte, é sistematizar a doutrina. Se nós temos a doutrina mãe, que é a constituição, que reserva o verdadeiro papel da Polícia Nacional no âmbito da Segurança Pública, obviamente, surge a Lei de Bases, que vem dar os indicativos operacionais do serviço policial e que a Corporação deve abraçar. Depois, surgem os Estatutos que delimitam as missões concretas de cada órgão. Logo, para atender a estes instrumentos doutrinários principais, é preciso sistematizar os procedimentos", aclarou o Comissário, que se mostra conhecedor da matéria e do órgão que ajudou a criar há sensivelmente dois anos.
Entretanto, Morais Quifica defendeu a necessidade de formar-se técnicos para que se faça a produção doutrinária, adequar ao instrutor, ao formador, nas escolas para compreensão desta doutrina, para que seja sistematizada, compreendida, ensinada e apreendida na instituição de ensino, para que, depois seja operacionalizada.
"Daí que os órgãos de apoio técnico têm uma incumbência de fiscalizar, no teatro operacional como esta doutrina e estes procedimentos estão a ser aplicados", concluiu o Comissário Morais Quifica, que já exerceu igualmente o cargo de director Adjunto do órgãos que até Janeiro do corrente ano era dirigido pelo Comandante Xaxá, o actual Comissário-Chefe , que se encontra a frente dos destinos da Direcção Nacional Inspecção da Corporação.
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